Embora as tecnologias no campo da energia continuem a crescer dia a dia, a pobreza energética tornou-se um grande problema na Europa. É verdade que as energias renováveis e a eficiência energética estão cada vez melhores e mais desenvolvidas. No entanto, apesar de não haver uma definição oficial, pobreza energética se refere a todas as pessoas que não podem pagar o preço da energia para atender às suas necessidades.
Além do desenvolvimento de energias alternativas, o aumento da energia total disponível e as múltiplas iniciativas de organizações, países e empresas para amenizar esses problemas, estima-se que entre 50 e 125 milhões de pessoas na Europa sofrem deste problema de pobreza energética. Que consequências isso pode ter?
Pobreza de energia na Europa
A pobreza energética não afeta apenas as pessoas que não podem pagar pela eletricidade que atende às suas necessidades, mas também afeta o meio ambiente e a economia global. De acordo com uma análise, as pessoas que gastam mais de 10% de sua renda em aquecimento para suas casas vivem em condições de pobreza energética. Isso se deve principalmente a uma combinação de baixa renda, altos preços de energia e baixa eficiência energética das residências.
É claro que os principais afetados pela pobreza energética são aqueles que geram menos renda em casa, seja por falta de emprego ou por empregos precários. Além disso, esse problema também afeta as famílias de classe média.
Que impactos isso pode ter na sociedade?
A pobreza energética pode ter um grande impacto na saúde e no bem-estar das pessoas. Por exemplo, pode aumentar o risco de mortalidade no inverno, levar a um maior risco de doenças causadas por problemas de circulação sanguínea, problemas respiratórios e assim por diante.
O isolamento deficiente da casa, combinado com aquecimento inadequado, produz maiores emissões de gases de efeito estufa e consome mais energia em casa. Já que o uso de energia nas residências é responsável por um terço das emissões de CO2 na Europa, o impacto significativo que isso acarreta para o meio ambiente pode ser deduzido.
Atualmente existem outorgas para reduzir o preço da conta de luz. No entanto, a Espanha tem a eletricidade mais cara de toda a Europa e é o segundo país com a maior taxa de desemprego em toda a União Europeia.
Existe um pequeno halo de esperança. A Schneider Electric colabora com a ONG Ashoka no programa "Inovação Social para Combater a Pobreza", cujo objetivo é melhorar as condições de vida de milhões de pessoas desfavorecidas na Europa. O programa quer identificar e apoiar anualmente entre 15 e 20 iniciativas inovadoras de empreendedores sociais, com foco no combate à pobreza energética.