O vento está na moda. Com ou sem os subsídios que permitem aos produtores de energia eólica competir com os combustíveis fósseis e expandir sua participação no mercado.
O Ministério da Energia encaminhou à Comissão Nacional de Mercados e Concorrência o projecto de portaria que regulamentará o leilão de 3.000 MW de energias renováveis, com a intenção de o voltar a encerrar sem nenhum custo para o consumidor, assim como o anterior.
De acordo com o texto do mesmo, o edital do leilão, conforme haviam anunciado, será vai limitar, neste caso, a energia eólica e fotovoltaica e as demais tecnologias (biomassa entre outras) são expulsas.
O Ministério explica em seu relatório financeiro que sua decisão visa aumentar a competição entre os dois, de acordo com o forte demanda o que foi inscrito no leilão anterior, que na prática abre portas para chamadas específicas para outras tecnologias, segundo fontes do setor.
Com este cenário, espera-se que a energia eólica volte a arrebentar no call, uma vez que empatando o preço com os atuais níveis de desconto, essa tecnologia vence novamente por sua mais horas de produção.
Entrada fotovoltaica
Profissionais do setor garantem que o ministério provavelmente abrirá novos editais, para tentar acomodar as grandes usinas solares, que se dispuseram a entrar no sistema e investir centenas de milhões de euros no país.
A secretaria, por meio da Secretaria de Estado de Energia, encaminhou carta à vice-presidente da CNMC solicitando-a no prazo de cinco dias acusações a ele.
Os empregadores fotovoltaicos já entraram com a primeira reclamação no Supremo Tribunal Federal, e presume-se que desta vez não será diferente. A Unef também espera aumentá-la com o Comissão Europeia.
Com esta situação na Espanha, começa a se abrir a possibilidade de instalação de grandes centrais fotovoltaicas não há necessidade de ir a esses leilões e com o apoio de contratos de longo prazo com empresas. Prova disso é que alguns como Juwi em Murcia já têm todas as licenças.
O CNMC autoriza a criação da maior central fotovoltaica da Europa em Murcia
A Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) aprovou o megaprojecto da central solar fotovoltaica de Mula (Murcia), cumpridos os requisitos legais relativos capacidade financeira de seu promotor, o grupo alemão Juwi.
Em novembro passado, a CNMC havia condicionado a emissão de laudo favorável ao projeto (fora do leilão) ao fato da empresa garantir capacidade financeira.
Uma vez que o grupo alemão forneceu informações adicionais que permitem verificar que durante 2016 e nos primeiros meses de 2017 o as ações necessárias para garantir a capacidade econômico-financeira, o regulador emitiu parecer favorável à proposta de resolução que autoriza este projeto.
De acordo com o relatório da CNMC, Promosolar Juwi, no alegações apresentado em fevereiro passado, adicionou a documentação necessária para resolver a situação de desequilíbrio econômico revelado pelo regulador em novembro passado.
O regulador destaca que, de acordo com a documentação apresentada, verifica-se que as ações realizadas tanto pela Promosolar Juwi quanto por seus sócio majoritário Juwi Energías Renovables essa situação de desequilíbrio teria sido corrigida.
A central solar fotovoltaica de Mula, projeto que foi apresentado em 2012, deverá ter uma potência de 450 megawatts (MW), ligeiramente inferior, por exemplo, à potência de Garoña (466 MW), o que o torna um dos maiores projetos do gênero na Europa.
A importância dos governos promovendo as energias renováveis
Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica, disse que, com a energia eólica, ela está se mostrando competitiva em termos de custos com os combustíveis fósseis em um número crescente de territórios, e está claro que desempenhará um papel importante em nosso futuro energético.
No entanto, acrescentou que se o setor quiser atingir todo o seu potencial, os governos devem continuar a desenvolver políticas de energia renovável pois é preciso "agir rapidamente para enfrentar a crise climática enquanto é tempo"
Seus comentários foram ecoados por Sven Teske, um especialista em energia do Greenpeace, que argumentou que “o ingrediente mais importante para o sucesso de longo prazo da indústria eólica é manter uma política com visão de longo prazo, que envia um sinal claro aos investidores sobre a visão do governo para o escopo e potencial da tecnologia. "