Baseia-se um programa da Universidade Carlos III (UC3M) de Madrid e da Câmara Municipal de Leganés (Madrid), em que também colabora o chef Chema de Isidro, em desenvolver fogões solares para poder substituí-los por aqueles que usam madeira e assim evitar o fumo prejudicial à saúde.
É uma nova iniciativa que se baseia no desenvolvimento de cozinhas que, graças à luz solar e a alguns materiais que podem refletir e absorver a luz, os alimentos podem ser cozinhados a baixas temperaturas.
No mundo, morre mais gente por cozinhar com lenha em casa do que de fome. Entre dois e quatro milhões de pessoas morrem a cada ano por causa da fumaça, que é produzida durante o cozimento em uma casa com lenha e sem nenhum tipo de ventilação ou chaminé para canalizar a fumaça. Soma-se a essa situação o aumento significativo do desmatamento devido ao uso de lenha para cozinhar.
Com esta cozinha, incentiva-se o uso sustentável de materiais para cozinhar alimentos. Com materiais simples, como espelhos e potes pretos, a luz do sol pode ser desviada para os alimentos e cozida em fogo baixo. Você pode preparar quase qualquer tipo de guisado. A única coisa que escapa de saber cozinhar são as frituras, que exigem altas temperaturas, segundo Isidro.
“Muitas vezes tentamos mudar a vida de pessoas de outros países com nossas regras, nossa cultura e nosso jeito de fazer e eles não assimilam nem querem”, explica o chef, que nega que algo assim possa acontecer com este projeto, uma vez que é tão fácil quanto "Coloque a panela e vá perseguindo o sol".
É verdade que os fogões solares não são novidades, mas com as inovações que estão a ser desenvolvidas podem ser melhor complementados e aumentadas as possibilidades de utilização, uma vez que não haja sol, para poderem também preparar pequenos-almoços e jantares quentes.